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Quer descobrir como o investimento em ESG pode impulsionar o desempenho financeiro das empresas, gerando benefícios para o negócio e para o mundo? Então confira o artigo abaixo e fique por dentro desse movimento!

  

Além do lucro

Nos últimos anos, o investimento em ESG (Ambiental, Social e Governança) emergiu como uma abordagem crucial para empresas preocupadas não apenas com o lucro, mas também com o impacto positivo que geram na sociedade e no meio ambiente. Essa mudança de paradigma não é apenas uma resposta às crescentes preocupações ambientais e sociais, observada principalmente após a pandemia da Covid-19, mas também uma estratégia inteligente para impulsionar o desempenho financeiro a longo prazo das organizações.



Como o investimento em ESG pode beneficiar o desempenho financeiro das empresas


Principais maneiras

Essas são algumas formas pelas quais o investimento em ESG pode beneficiar as empresas:


1. Atração de investidores e redução de riscos: empresas que adotam práticas ESG robustas geralmente atraem mais investidores, especialmente aqueles que buscam alinhar seus valores com suas carteiras de investimento. Além disso, uma abordagem sólida de ESG pode ajudar a mitigar riscos financeiros associados a questões ambientais, sociais e de governança, como litígios, multas regulatórias e danos à reputação.

 

2. Melhoria da eficiência operacional: muitas práticas ESG, como eficiência energética, gestão de resíduos e otimização da cadeia de fornecimento, podem levar a uma maior eficiência operacional e redução de custos. Ao investir em tecnologias sustentáveis e processos mais eficientes, as empresas podem economizar recursos e aumentar sua produtividade, contribuindo assim para um melhor desempenho financeiro.

 

3. Fortalecimento da marca e atração de talentos: empresas que demonstram um compromisso genuíno com questões ESG tendem a construir uma reputação mais sólida e atraente aos olhos dos consumidores, investidores e talentos. Isso pode resultar em maior fidelidade do cliente, lealdade do investidor e atração de talentos qualificados, proporcionando vantagens competitivas significativas e impulsionando o crescimento financeiro.

 

4. Identificação de novas oportunidades de mercado: a integração de considerações ESG na estratégia de negócios pode ajudar as empresas a identificarem novas oportunidades de mercado e inovação. Por exemplo, a crescente demanda por produtos e serviços sustentáveis oferece às empresas a chance de lançar novos produtos, expandir para novos mercados e diferenciar-se da concorrência, resultando em maior crescimento e rentabilidade.

 

5. Acesso a capital mais barato: empresas com sólidos compromissos ESG podem se beneficiar do acesso a capital mais barato, uma vez que muitos investidores e instituições financeiras estão cada vez mais direcionando seus investimentos para empresas que adotam práticas sustentáveis. Isso pode resultar em custos de capital mais baixos, melhorando assim a saúde financeira e a capacidade de investimento das empresas.

 

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 Autora: Isabela Russiano| Analista na ESG Now

A crescente demanda global por uma economia sustentável tem impulsionado as empresas a adotarem práticas responsáveis, inicialmente focadas em desafios socioambientais. Com o aumento da conscientização, governos, empresas e organizações da sociedade civil estão incorporando a responsabilidade social em suas atividades para lidar com questões como desequilíbrios sociais e impactos ambientais negativos. A integração de aspectos ambientais na responsabilidade social é crucial, refletindo esforços para encontrar soluções para desafios interconectados. 


O conceito de Responsabilidade Social (RS) evoluiu de uma visão filantrópica para incluir políticas e ações que contribuem para o desenvolvimento sustentável, com diretrizes estabelecidas pela ISO 26000 e adotadas pela ABNT NBR 16001. Essa norma define a RS como a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas atividades na sociedade e no meio ambiente, exigindo comportamento ético, transparente e alinhado com expectativas das partes interessadas e legislação aplicável. O Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social do Inmetro certifica organizações de acordo com essas normas, promovendo uma cultura de responsabilidade social corporativa. 

  

Características dos conceitos de Responsabilidade Social e similaridades 

Os estudos e aplicações sobre Responsabilidade Social têm ganhado destaque, impulsionando mudanças significativas na relação entre empresas, estado e sociedade. A RS é um tema amplamente discutido tanto no meio acadêmico quanto empresarial, sendo abordada de várias maneiras e sem um conceito universalmente aceito. No contexto empresarial, envolve uma gestão ética e relações justas com os stakeholders, além do estabelecimento de metas para o desenvolvimento sustentável. Apesar da importância crescente da RS, o conceito ainda é difuso e em constante evolução, sem uma definição universalmente aceita. No entanto, a estruturação e compreensão das diferentes vertentes da RS são essenciais para a tomada de decisões assertivas, como Responsabilidade Social Empresarial (RSE), Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e Responsabilidade Socioambiental (RSA).   


No mundo globalizado atual, a ética empresarial ganha importância, refletida na Responsabilidade Social Empresarial, que está evoluindo, não apenas como resposta às demandas do mercado, mas também como diferencial competitivo para se alinhar com as demandas da sociedade, buscando harmonizar a prosperidade humana com a preservação ambiental, exigindo comprometimento das organizações com a geração de impactos positivos em suas comunidades, adotando princípios como transparência, sustentabilidade e inclusão.


 A Responsabilidade Social Corporativa concentra-se nas ações voltadas para o ambiente interno das empresas e seus colaboradores. Essas ações visam melhorar a qualidade de vida dos funcionários e familiares, resultando em maior engajamento e produtividade.  A Responsabilidade Socioambiental surge da convergência entre gestão social e ambiental, reconhecendo a responsabilidade compartilhada de empresas, governo e organizações do terceiro setor na promoção do bem-estar coletivo e na preservação do meio ambiente. Incorporar estas práticas é essencial para avançar em direção à sustentabilidade e ao desenvolvimento consciente, tanto no setor privado quanto no público.  


Desde a divulgação do Relatório Brundtland "Nosso Futuro Comum" em 1987, que criticou o modelo de desenvolvimento existente por ameaçar a sustentabilidade do planeta e gerar desigualdades sociais, o conceito de desenvolvimento sustentável tem ganhado destaque, salientando a importância de atender às necessidades presentes sem comprometer as futuras gerações. Inicialmente conhecido como ecodesenvolvimento, esse conceito evoluiu para o que hoje conhecemos como sustentabilidade, incluindo aspectos econômicos, sociais e ambientais.  


Na virada do século, John Elkington introduziu o conceito do triple bottom line, tripé da sustentabilidade, desafiando as empresas a considerarem não apenas os lucros, mas também os impactos sociais e ambientais de suas operações, fundamentais para a qualidade dos processos organizacionais. Avaliando a sustentabilidade em três dimensões interligadas, econômica, ambiental e social, objetivando o equilíbrio organizacional nestas dimensões, de forma equitativa e responsável. 

 

Responsabilidade social corporativa: descrição das práticas e benefícios  

A Norma Brasileira de Gestão da Responsabilidade Social, NBR 16001, teve sua origem a partir da avaliação da ISO, considerando a necessidade de uma norma que estabelecesse requisitos mínimos para um sistema de gestão da Responsabilidade Social, visando permitir que as organizações implementem políticas alinhadas com suas obrigações legais, compromissos éticos e preocupações com cidadania e sustentabilidade. Entre seus principais aspectos estão a aplicabilidade a organizações de todos os tamanhos e setores, a integração do conceito de Responsabilidade Social ao desenvolvimento sustentável, o comprometimento de funcionários e dirigentes, a definição de políticas e programas com metas claras, contemplando onze temas específicos da Responsabilidade Social. 

  • boas práticas de governança;  

  • combate à pirataria, sonegação, fraude e corrupção;  

  • práticas desleais de concorrência;  

  • direitos da criança e do adolescente, incluindo o combate ao trabalho infantil;  

  • direitos do trabalhador, incluindo o de livre associação, de negociação, a remuneração justa e benefícios básicos, bem como o combate ao trabalho forçado;  

  • promoção da diversidade e combate à discriminação (por exemplo: cultural, de gênero, de raça/etnia, idade, pessoa com deficiência);  

  • compromisso com o desenvolvimento profissional;  

  • promoção da saúde e segurança;  

  • promoção de padrões sustentáveis de desenvolvimento, produção, distribuição e consumo, contemplando fornecedores, prestadores de serviço, entre outros;  

  • proteção ao meio ambiente e aos direitos das gerações futuras; e  

  • ações sociais de interesse público. 

 

 Além destes aspectos, a NBR 16001 adota o modelo PDCA, facilitando a integração com sistemas de gestão já existentes. Esses elementos reforçam a importância da Responsabilidade Social Corporativa e sua integração aos processos empresariais, promovendo uma cultura de transparência e ética no ambiente corporativo.  


A norma, ao promover transparência e responsabilidade, alinha-se aos princípios ESG, impulsionando vantagens competitivas e diferenciando as empresas. Sua adesão reflete o compromisso com a sustentabilidade e induz mudanças na gestão empresarial, impactando positivamente as operações e resultados. No Brasil, a integração progressiva das práticas ESG nas estratégias corporativas reflete uma crescente consciência sobre o impacto social e ambiental das operações empresariais, além da lucratividade. 

 

Como a Responsabilidade Social Corporativa se encaixa nos pilares ESG  

A integração da Responsabilidade Social Corporativa (RSC) com os princípios ESG (Ambiental, Social e Governança) é essencial para promover práticas empresariais mais sustentáveis e justas, atendendo às crescentes expectativas da sociedade e gerando preferência por empresas socialmente responsáveis. Isso não apenas promove benefícios para acionistas, mas também contribui para uma renda social mais ampla e difusa, destacando a importância da RSC como um todo. A rentabilidade empresarial é central nesse contexto, buscando resultados positivos que atendam tanto aos interesses dos investidores quanto aos da sociedade, com destaque para a inclusão social e a sustentabilidade ambiental. 


Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) respondeu à crescente demanda por informações ESG, buscando aumentar a transparência das empresas, refletindo o interesse crescente dos investidores em políticas de RSC. Esse movimento impulsiona as organizações a melhorar a divulgação de seus esforços nessa área e a alinhar seus padrões de divulgação com práticas internacionais, evitando o "greenwashing" e garantindo a compreensão adequada das informações ESG. A harmonização e clareza nesse campo são fundamentais para uma transição bem-sucedida em direção a práticas empresariais mais sustentáveis e transparentes, levando em conta as expectativas das partes interessadas e os impactos de suas ações em questões cruciais como educação, geração de emprego, desenvolvimento tecnológico, saúde e investimento social. 

 

 

Benefícios ao se implementar a responsabilidade social corporativa integrando com o ESG  

A Responsabilidade Social Corporativa visa o desenvolvimento sustentável, combinando iniciativas econômicas com o bem-estar social e ambiental. A implementação dessas práticas não apenas beneficia as comunidades e o meio ambiente, mas também fortalece a imagem e a credibilidade das organizações. 


A implementação das normas ISO e ABNT citadas trazem uma série de benefícios para as organizações, incluindo melhorias na tomada de decisão e na gestão de riscos, aumento da reputação e confiança pública, estímulo à inovação e competitividade, fortalecimento do relacionamento com partes interessadas, aumento da fidelidade e engajamento dos funcionários, melhoria da saúde e segurança dos trabalhadores, redução de custos operacionais, promoção de transações mais confiáveis e prevenção de conflitos com consumidores. Esses benefícios contribuem para o sucesso a longo prazo das organizações, alinhados aos ODS e pilares ESG. 


Transformar o discurso em prática e a intenção em compromisso é o grande desafio. A responsabilidade socioambiental demanda cooperação e esforços conjuntos para promover um desenvolvimento progressivo e sustentável, almejando alcançar progressos nas esferas ambiental, social e econômica, promovendo valores humanos fundamentais como dignidade, respeito à diversidade e equidade. A integração dessas práticas não só beneficia as organizações, mas também contribui para uma sociedade mais equitativa e um ambiente mais saudável. 


 Autor: André Ramayana Prates | Analista ESG na ESG Now

Nos últimos anos, a crescente preocupação global com os impactos ambientais, sociais e de governança (ESG) impulsionou a demanda por estratégias sustentáveis, especialmente com o aumento dos investimentos nesse setor. Acordos internacionais sobre o clima e conferências como a COP da ONU fortaleceram esse movimento, levando países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Índia, União Europeia e Reino Unido a avançarem na implementação de normas abrangentes relacionadas ao ESG, especialmente focadas em mudanças climáticas e greenwashing. 


A transparência tornou-se crucial, moldando as preferências dos consumidores e integrando-se às estratégias corporativas e financeiras. Empresas reconhecem que práticas alinhadas aos pilares ESG não apenas agregam valor, mas também impulsionam o crescimento da receita e a redução de custos. A pressão do mercado e a busca por legitimidade social estão levando empresas listadas a aumentar a divulgação de informações sobre sustentabilidade, reconhecendo a conexão positiva entre divulgação ESG e desempenho empresarial, especialmente no gerenciamento de riscos. 


No mercado financeiro, a divulgação e utilização de informações ESG estão recebendo atenção detalhada, embora a falta de padronização e integração seja um desafio significativo. Organizações como Comissões de Valores Mobiliários e padrões voluntários como GRI e DJSI refletem a crescente relevância dos critérios ESG. Reguladores em todo o mundo estão criando padrões de divulgação, como o TCFD, visando oferecer maior clareza e consistência nas informações financeiras relacionadas ao clima. 


Na União Europeia, o European Green Deal lidera a promoção de finanças sustentáveis, implementando regulamentações abrangentes como o NFRD e o CSRD, focados em transparência e materialidade. Medidas como o CBAM e o CSDDD impõem obrigações significativas às empresas. Nos EUA, a SEC está debatendo a inclusão de aspectos ESG nos relatórios das empresas, enquanto no Reino Unido, frameworks voluntários como TCFD e PRI estão em ascensão, alinhados com o Companies Act 2006, promovendo investimentos sustentáveis e relatórios obrigatórios sobre questões ambientais e de diversidade para incentivar o crescimento equilibrado no mercado de capitais. 

 

Regulamentações nos pilares ESG no Brasil 

A conformidade com a agenda ESG requer uma revisão abrangente das práticas corporativas, especialmente no Brasil, com foco tanto em preocupações ambientais, como a preservação da Amazônia, quanto em demandas sociais, como diversidade e inclusão. O país está avançando na melhoria das práticas e investimentos ESG, embora ainda haja desafios em comparação com o cenário global. O BNDES tem um papel importante nesse processo, enquanto órgãos regulatórios como o CMN e a CVM estabelecem diretrizes para as empresas, promovendo a transparência e a ética nos negócios em consonância com os princípios ESG.  


O Brasil está adotando ativamente critérios ESG, integrando-os em diversas normas específicas. A Lei das Sociedades Anônimas, a Lei Anticorrupção e a Política Nacional de Meio Ambiente estabelecem diretrizes de governança e ambientais, enquanto o Banco Central regula critérios ESG para entidades reguladas e fundos de pensão. Leis como a LGPD e a Lei do Agro também abordam aspectos específicos dos critérios ESG. Consultas públicas recentes da CVM visam incluir critérios ESG na emissão de valores mobiliários e crédito rural, enquanto a Lei do Renovabio cria Créditos de Descarbonização para reduzir emissões no transporte. Essas regulamentações demonstram o compromisso do Brasil com práticas sustentáveis e sociais, promovendo um ambiente de investimento mais responsável e transparente em conformidade com padrões internacionais. 


As regulamentações ESG no Brasil, desde a Instrução CVM n°480 até a Resolução CVM n°594 de 2021, buscam promover transparência e integração de fatores ESG nas empresas, reduzindo custos de conformidade. Iniciativas como a Lei 13.303 e o Código Brasileiro de Governança Corporativa fortaleceram as exigências para companhias abertas. A Resolução CVM n°594 acrescentou requisitos de divulgação ESG, refletindo uma tendência global de regulamentação mais rígida para garantir transparência e alinhamento com padrões internacionais, embora a consolidação de informações ESG ainda represente um desafio para empresas baseadas em frameworks voluntários. 


A Resolução CVM nº 175 de 2022 trouxe inovações ao regulamento dos fundos de investimento no Brasil, incorporando fatores ESG em sua estrutura. Essas diretrizes, enfocando transparência e responsabilidade, incluem especificações dos benefícios esperados, metodologias utilizadas e relatórios sobre resultados, refletindo um movimento em direção a um ambiente de investimento mais ético e sustentável. Auditores independentes desempenham um papel crucial nesse processo, assegurando conformidade e destacando a necessidade de padronização e regulamentação, como demonstrado pela Resolução CVM nº 14/2020. 


Recentemente, o Banco Central do Brasil implementou novas regulamentações ESG destinadas ao Sistema Financeiro Nacional, incluindo a Resolução BCB n° 139/2021 e a Instrução Normativa BCB n° 153/2021. As normas recentes, incluindo a Resolução BCB n° 140/2021 e as Resoluções CMN n° 4.945/2021, n° 4.944/2021 e n° 4.943/2021, impõem a divulgação do Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas pelas instituições financeiras.  Essas regulamentações refletem o compromisso do BC em promover práticas sustentáveis no setor financeiro e contribuir para um desenvolvimento econômico mais equitativo e resiliente no país. 


A necessidade de regulamentações mais sólidas para garantir transparência e confiabilidade nas informações sobre ESG é destacada pela Resolução nº 59/21 da CVM, representando um avanço na agenda socioambiental brasileira. Inspirada na normativa da UE, exige relatórios mais detalhados das empresas nacionais, especialmente em métricas ambientais e de governança.  

 

Divulgação das informações financeiras e ESG em reportes de sustentabilidade 

O cenário regulatório do ESG está em rápida evolução, com a União Europeia à frente na introdução das European Sustainability Reporting Standards (ESRS) e da Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), tornando obrigatórios os relatórios ESG para empresas dentro e fora da UE. Embora haja um movimento em direção a padrões globais, muitas empresas ainda se sentem despreparadas para atender às novas expectativas regulatórias. A implementação será gradual, com diferentes prazos para empresas de diferentes tamanhos e jurisdições, visando alcançar maior alinhamento e transparência nestes relatórios. 


O International Sustainability Standards Board (ISSB) está desempenhando um papel fundamental na padronização global, desenvolvendo normas que abrangem governança, estratégia, gestão de riscos e métricas relacionadas à sustentabilidade. O objetivo é tornar as informações financeiras e de ESG comparáveis globalmente, reduzindo custos de informação e promovendo alocação de capitais alinhada com valores sustentáveis. O Brasil se destaca ao internalizar essas normas, tornando seu mercado mais atrativo para investidores preocupados com questões ESG, fortalecendo o compromisso com um futuro mais verde e responsável. 


A Resolução CVM nº 193/2023 destaca a ênfase na comunicação e transparência empresarial através dos relatórios de sustentabilidade, aderindo a padrões como GRI e ISSB, tornando-se obrigatório para companhias abertas a partir de 2026. Espera-se que os novos padrões ISSB ofereçam mais orientação, complementando as medidas do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), que já avalia o desempenho das empresas listadas na Bolsa de Valores Brasileira com base em critérios ESG.  

 

Panorama em 2024 nos aspectos sustentáveis 

A agenda ESG para 2024 destaca temas cruciais como a transição energética, resiliência climática e regulação da divulgação de informações de sustentabilidade empresarial. Investimentos em alterações climáticas priorizam a mitigação, com foco na redução de emissões e no desenvolvimento de tecnologias de captura de carbono. No cenário regulatório, transformações significativas estão ocorrendo, com a União Europeia planejando mudanças no SFDR. O Brasil adotou o padrão global ISSB para reporte de sustentabilidade, buscando maior transparência e alinhamento com iniciativas europeias como o SFDR e a Taxonomia Verde. 


A preocupação crescente com o greenwashing e a integridade na comunicação de impactos e emissões impulsionam mudanças no cenário regulatório do ESG. No Brasil, avanços rumo a uma taxonomia sustentável estão em curso, alinhando-se com iniciativas europeias para promover o desenvolvimento sustentável e combater o greenwashing. Desafios persistem para o Brasil alcançar um modelo semelhante à CSRD da UE, especialmente em relação à mitigação das mudanças climáticas, mas a CVM lançou resoluções para introduzir novos padrões ESG no mercado brasileiro. 


No mercado de carbono, tanto internacionalmente quanto no Brasil, avanços e desafios são observados. Globalmente, iniciativas como a ICVCM e o VCM visam promover governança e transparência nos mercados voluntários de carbono. No Brasil, o Projeto de Lei 2148/2015 está prestes a estabelecer o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa, criando um mercado para a compra e venda de créditos de carbono. Em relação à biodiversidade, marcos globais estão sendo implementados para intensificar a criação de habitats protegidos no Brasil. 


Mudanças significativas na regulamentação da economia circular também estão ocorrendo, com reformas na logística reversa de embalagens e avanços na poluição por plástico. Contudo, questões socioambientais, como o reconhecimento e demarcação de terras indígenas, permanecem controversas, destacando a necessidade de ações alinhadas com princípios sustentáveis. Para promover práticas empresariais sustentáveis, é essencial a colaboração entre governos, empresas e sociedade civil. Embora o Brasil tenha progredido nos investimentos ESG, desafios persistem, mas com aprimoramentos regulatórios e colaboração, é possível alcançar um mercado financeiro mais sustentável e responsável. 

 

 Autor: André Ramayana Prates | Analista ESG na ESG Now

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