Recentemente, ainda agosto deste ano, a B3 colocou em audiência pública as novas regras de diversidade para as empresas listadas em bolsa. A proposta é que as companhias brasileiras tenham ao menos uma mulher e um integrante de comunidade minorizada (pessoas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência) em seu conselho de administração ou diretoria estatutária em até dois anos a partir da vigência da norma, que deve ser editada no início do próximo ano.
Segundo dados divulgados pela operadora da bolsa de valores, atualmente, das 423 empresas listadas, cerca de 60% não possuem mulheres na diretoria estatutária e 37% não possuem mulheres no conselho de administração. O cenário é ainda pior quanto se trata da questão racial: quase 80% das empresas que participam do processo seletivo do ISE B3 declararam ter entre 0 e 11% de pessoas negras em cargos de diretoria.
A criminalização do preconceito racial e da homofobia se somam ao olhar cada vez mais criterioso dos investidores. Muito além do que somente “melhorar a imagem e reputação” da empresa, conheça 5 principais benefícios da adoção de políticas e práticas de diversidade e inclusão:
• Decisões mais democráticas:
A representatividade de diferentes grupos com culturas, realidades e corpos diversos é importante pela capacidade de pensar e articular decisões que sejam mais democráticas, humanizadas e pensadas a partir do conjunto de possibilidades.
• Desenvolvimento e atração de talentos:
Com o propósito de “levar ao acesso de muitos o que é privilégio de poucos”, a Magalu é um exemplo de empresa que investe no desenvolvimento e formação de mulheres, negros e profissionais acima de 40 anos, o que acaba atraindo e retendo talentos diversos. Pesquisas confirmam que as novas gerações levam em consideração as políticas e práticas ESG na hora de escolher e permanecer em uma empresa.
• Impulso para inovação:
Se todos pensassem igual, certamente não haveria inovação, certo? Um grupo diverso, com realidades, vivências e culturas diferentes é capaz de pensar e repensar possibilidades, trazer novas ideias e por perspectivas diferentes, inovando-se a forma de pensar e fazer.
• Ambientes de trabalho mais saudáveis:
Um estudo realizado pela Exec, em 2021, mostrou que cerca de 70% dos gestores percebem que a diversidade melhora o clima organizacional e o senso de pertencimento a um ambiente mais justo.
• Melhor performance e presença de mercado:
Todos os benefícios anteriores somam para alavancar a performance tanto das pessoas quanto das empresas. A pesquisa realizada pela Exec mostra que cerca de 62% dos gestores percebem que a diversidade melhora os resultados da empresa. Já uma pesquisa realizada pela McKinsey & Company, em 2017, demonstrou que a diversidade de gênero e étnica na equipe executiva e no conselho de administração tem probabilidade de aumentar a lucratividade de uma empresa em até 33% e 43%, respectivamente.
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